Ilhéus ou Itacaré?

Para concluir o relato sobre o cruzeiro que fiz para o nordeste, postarei, hoje, sobre a última parada que o navio fez: Ilhéus.

Ilhéus é famosa até hoje por suas fazendas de cacau, mas acho que, principalmente, por ter sido cenário do romance “Gabriela – Cravo e Canela” de Jorge Amado. Ao chegar à pracinha da cidade, você já visualiza o Bar Vesúvio, restaurante em que Gabriela trabalhava e que os poderosos da cidade se reuniam. Vê, também, a Igreja da cidade.

Para ser sincera, não me interessei por esses e outros pontos turísticos de lá. Então, pegamos um táxi para a cachoeira de Tijuípe a 30 km de Ilhéus. Na verdade, eu queria mesmo era ir a Itacaré, mas tinha me desanimado ao ver que na programação do navio este passeio havia sido cortado por “não dar tempo” de fazê-lo. O taxista que pegamos era muitíssimo simpático e ao ouvir meu comentário, disse que dava tempo sim. Fomos até a cachoeira que, por incrível que pareça, tinha a água morna! Demos uns bons mergulhos e resolvemos partir para Itacaré que se distancia dali por 30 km, somando 60 km de distância de Ilhéus. Nossa decisão foi super acertada, pois quando saímos da cachoeira, chegou um ônibus com uma galera enorme do navio. A bela cachoeira iria ficar super populosa, contrariando nosso gosto.

Em Itacaré, curtimos a praia da Ribeira e a paisagem. Eu aproveitei mais a paisagem do que a praia, pois tive que ficar na sombra. Lembra do meu incidente com “o meio esquecimento do filtro solar” em Maceió? Pois é… estava toda ardida!

Mesmo assim, nosso passeio foi bem legal! Enquanto meu marido nadava um pouco, eu, sentada à sombra, observava a natureza e as pessoas a minha volta. De repente, ouço um grito “AHHHHHHHHH”!!!!! Olho para cima e vejo uma pessoa cruzando a praia em uma tirolesa! Bem radical! Nas minhas pesquisas, descobri que havia um circuito de arvorismo em Itacaré. Fiquei toda animada em fazer (pois ainda não tinha tido a experiência no arvorismo de Gramado. Aliás, foi desde esta época que cismei que queria fazer arvorismo, risos!), mas sabia que não dava tempo. Depois do primeiro grito, vários se sucederam, perdendo até a graça. Brincadeira! Mas devo dizer que se eu, que estava sentadinha à sombra, estava achando a paisagem linda, quem cruzava a praia de tirolesa deveria estar achando aquilo tudo um espetáculo!

 Sem desmerecer Ilhéus de jeito algum, pois não ficamos tempo suficiente para emitir uma opinião realmente válida, demos muita sorte em nossa aventura de 60km!

À noite no navio, ao trocar impressões sobre o dia com o pai da família que jantava conosco, percebemos certa “inveja branca” de sua parte, já que por fazer a vontade da mulherada de sua família, ele ficou a maior parte do tempo em uma feirinha de artesato em Ilhéus.

Tem alguma dica sobre Ilhéus para compartilhar? Quem sabe em uma próxima oportunidade eu não aproveito para realmente conhecer a cidade?

Os relatos das outras duas paradas do cruzeiro você encontra nos links abaixo:

Salvador: mergulho e naufrágio.

Maceió: a primeira vez a gente nunca esquece!