Caribe Mexicano: Cancun – muito além do spring break

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Em fevereiro, fiz uma viagem planejada há meses com uma amiga. Era uma maneira de comemorarmos nossa formatura, já que não tivemos festa. Foi um investimento alto, mas que valeu muito a pena! Hoje, vim aqui, como autora convidada, compartilhar um pouco dessa viagem com vocês. Depois me contem o que acharam, ok?

Cancun

Apesar de ser muito conhecida pelas enormes festas durante o feriado americano de primavera (“spring break”), Cancun é uma cidade frequentada por pessoas de todas as idades, culturas e países. O lugar, que faz limite com o Mar do Caribe, chama atenção por suas praias de águas (extremamente!) azuis, seus bares divertidos e sua proximidade com diversas regiões históricas – como as cidades maias – e parques aquáticos naturais, que também reservam muita aventura.

A cidade é divida em cinco zonas, sendo as principais a Zona Hoteleira, onde fica a maioria dos hotéis/resorts (todos all inclusive) e os bares mais divertidos, zona urbana, cujo nome já é explicativo, e Puerto Juárez, que dá acesso à ilha mais procurada (Isla Mujeres) e tem diversos restaurantes de frutos do mar, contando também com alguns hotéis.

Passei uma semana hospedada em um dos hotéis da Zona Hoteleira, o Park Royal Cancun, que, como todos os outros, tem acesso à praia. Para vocês entenderem melhor, a Zona Hoteleira é como uma península, rodeada pelo mar. A localidade recebeu um investimento enorme, que felizmente deu certo, e por isso é toda planejada para os turistas. Cancun, em si, não possui outra fonte de renda que não seja o turismo. Por isso, poucas pessoas são realmente nascidas na cidade; a maioria se deslocou de outras partes do país e de outros países.

Quando ir para Cancun

A localização de Cancun é excelente porque tem sol o ano inteiro. Em fevereiro, quando fui, era inverno, mas os dias permaneceram ensolarados. A diferença é a noite, que é mais fresca no inverno, e o vento, que é mais comum nessa época. É importante se atentar também para as temporadas de furacões! Elas atingem o Caribe geralmente na segunda metade do ano, e são mais propensas a acontecer em Cancun entre setembro e outubro.

O Hotel

Pra quem nunca se hospedou em um lugar com all inclusive devo dizer pra fazer isso pelo menos uma vez na vida! É sensacional sentar nas espreguiçadeiras da piscina, com vista para o mar caribenho, tomando um drink, uma cerveja ou comendo alguma coisa. Porque, sim, as bebidas alcoólicas também são inclusas.

Restaurantes

Além disso, o hotel (Park Royal Cancun) tem duas opções de restaurante: o internacional (La Veranda), que é buffet, e o italiano, à la carte. Não consegui comer o italiano, infelizmente, porque precisava reservar com antecedência, e deixamos para fazer isso no último dia. Mas o La Veranda é o que funciona o tempo quase todo. Serve o café da manhã, o almoço, o jantar e petiscos durante a madrugada. O jantar tem cada dia uma especialidade diferente: mexicano, italiano, asiático, internacional (que é bem variado) e outros.

Bares

Durante o dia, os bares com bebidas alcoólicas e não alcoólicas funcionam até às 18h. São três em todo o hotel: um na recepção, para aquele drink de chegada, um na piscina principal e outro na piscina adulta. Nesse mesmo horário funciona o snack bar, entre a piscina principal e a infantil, servindo cachorro-quente, hambúrguer, pizza, tortilha, etc.

Piscinas e Praia

Como vocês já devem ter reparado, sim, são três piscinas! A piscina principal é aonde acontecem recreações, jogos e atrações que o hotel promove. A adulta fica de frente para o mar, e não são permitidas crianças. A infantil tem diversos tipos de tobogã, coqueirinho de água e outras coisas divertidas, para o sossego dos pais, hahah.

Além disso, o hotel tem acesso à ruína maia Yamil Lu’um, que também fica de frente para o mar. Não sei ao certo que era a construção, pois consegui poucas informações no hotel, mas as ruínas permaneceram ali, entre os hotéis, para estudos arqueológicos mais aprofundados – e não deixa de ser belíssimo.

O hotel possui, ainda, acesso à praia – como a maioria. Tem espreguiçadeiras e guarda-sol disponíveis para os hóspedes. Toalhas (além das de banho) também estão disponíveis gratuitamente.

Localização do Hotel

A localização do Park Royal, porém, não é tão boa para quem pretende frequentar o centro da Zona. Andando, demoramos uns 45 minutos para chegar até o hotel. Mas, para quem não se importar, tem ônibus 24 horas por dia que para na frente de todos os hotéis e leva até o Centro – custa 10,50 pesos mexicanos. Apesar disso, o hotel fica quase em frente ao shopping La Isla, a uma farmácia (que vende lembrancinhas também) e a poucos minutos do shopping Flamingo.

Sobre a variedade dos turistas, no hotel percebi muitas famílias hospedadas, e muitos senhores de idade também – provavelmente curtindo a aposentadoria. A maioria deles era americano, e quase todos falam inglês no hotel e na cidade. Mas a língua também se transformou em uma confusão para mim.

Língua – Um problema?

Apesar de o “portunhol” ser realmente uma língua lá, minha amiga sempre preferia falar inglês e eu a acompanhava. Mas aí começava o problema: quando você é brasileiro, mesmo querendo falar inglês, eles falam “portunhol” ou mesmo espanhol com você, porque acreditam que você vai entender. E não, não é tão fácil assim.

Quando chegávamos nos lugares, as pessoas perguntavam: “inglês ou espanhol?”, e respondíamos, em inglês, “inglês, por favor”. E aí eles perguntavam, em inglês, de onde éramos; quando dizíamos ser do Brasil começavam a falar tudo rápido em espanhol, ou tentar um portunhol.

Claro que com o tempo você se acostuma e até entende melhor, mas é realmente uma confusão. No fim, eu estava falando espanhol, respondendo em inglês, e misturando português e “portunhol”. Mas pelo menos todo mundo se entendia.

Zona Hoteleira – O que fazer?

Pra quem quer investir na viagem para só ficar na cidade, não tem problema. Os hotéis possuem diversas recreações e atividades, e o centro da Zona Hoteleira de Cancun tem muitas atrações.

Os bares costumam ser bem animados e a maioria deles coloca os garçons pra dançarem e animarem o público. Como passei a maior parte dos dias fazendo passeios para os parques e cidades maias, só conheci o Señor Frog’s Pub e a Cocobongo (casa de shows).

Señor Frog’s e Cocobongo

O Señor Frog’s é uma rede de bares que estão localizados em grandes cidades turísticas do mundo, como Las Vegas, Miami, Orlando, Puerto Rico, etc. Em Cancun, o pub tem uma decoração colorida, um touro mecânico no centro do bar, um palco, cadeiras de bar com bundas desenhadas, e outras coisas meio bizarras. A cada 30 minutos, mais ou menos, os garçons dançam, puxam as pessoas pra atividades, fazem brincadeiras com bebidas, etc.

Lá, provamos os famosos tacos mexicanos (deliciosos e super apimentados) e bebemos margarita de morango, muito boa também, porém um pouco grande demais.

Por fim, fomos à famosa casa de shows que quer ser melhor que Vegas: Cocobongo. Quando você pensa em boate, pensa que vai ter espaço para dançar livremente, por isso considero muito mais uma casa de shows: fica bem cheio, tem arquibancada (na pista) e shows a noite toda. Ah, mas é open bar.

Os shows são cenas de grandes musicais ou de clipes e paródias de filmes com aparatos circenses (já imaginou ver caras vestidos de espartanos fazendo tecido?; ou pessoas saindo do palco direto para um trapézio em cima de você?). Quando os shows estão no intervalo, os garçons sobem nas mesas e palco e dançam. É divertido, vale a pena ir para pelo menos conhecer.

No centro vi muitos jovens, apesar de o hotel não ter muitos, mas a variedade de idades e nacionalidades que visita Cancun é muito grande. Sem essa de ser um lugar só pra festas.

Passeios

Sobre os passeios, fomos nos parques X-Plor, Xel-há, Dolphin Discovery (onde tem o encontro com os golfinhos) e Garrafon Park, e conhecemos as cidades maias Tulum e Chichén Itza. Para não me alongar mais, deixarei as impressões sobre os passeios para outro momento.

Espero ter ajudado quem tem vontade de conhecer um pouco dessa cidade tão falada. Qualquer dúvida, podem perguntar. Até a próxima!

 

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Autora Convidada

Clara Barreto – jornalista por formação, amante de fotografia, cinema e cultura. Conhecer o mundo é mais que paixão, é objetivo de vida.

 

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