Você sabia que há uma Rota dos Canyons na região serrana entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul? Pois é… um lugar lindíssimo que vale a pena ser conhecido!
A Rota dos Canyons
Primeiramente, o que são canyons? São vales com crateras profundas e encostas/paredões praticamente verticais. Muitas vezes, dá para caminhar no topo ou no fundo de suas crateras, como é o caso da região sul do Brasil.
A Rota dos Canyons é formada pelas regiões de Praia Grande em Santa Catarina e Cambará do Sul no Rio Grande do Sul. Os canyons fazem parte de dois parques nacionais: Parque Nacional dos Aparados da Serra e Parque Nacional da Serra Geral.
O limite entre os dois estados é feito de uma forma interessante. O topo dos canyons pertence ao Rio Grande do Sul enquanto o fundo de suas crateras pertence a Santa Catarina. Portanto, estivemos nos dois estados durante esta viagem, pois fizemos passeios tanto por cima quanto por baixo dos canyons! 🙂
A Rota dos Canyons com a Agência Canyons e Peraus
Fizemos três passeios pela região com a agência Canyons e Peraus, que tem sua sede ao lado da pousada Morada dos Canyons (onde me hospedei), fazendo um atendimento personalizado aos hóspedes e não-hóspedes também.
Leia também: MORADA DOS CANYONS, EM SANTA CATARINA – POUSADA ROMÂNTICA COM UMA VISTA INCRÍVEL!
Bistrô – Café e Aventura
Além dos passeios com guia pela região, o Canyons e Peraus possui o Bistrô – Café e Aventura em sua sede com opções de alguns pratos e lanches. Ótima pedida para matar a fome depois dos passeios! 😉
Nós almoçamos e fizemos lanches algumas vezes, o que nos atendeu super bem! O bistrô tem um clima despojado e bem gostoso!
Que tipo de passeios fazer na Rota dos Canyons?
O Canyons e Peraus oferece vários tipos de passeio, com vários graus de dificuldade:
- Passeios por cima dos canyons: Canyon dos Índios Coroados (Fácil – de 2h30min a 3h); Canyon do Itaimbezinho (Fácil – de 4h30min a 5h) e Canyon Fortaleza (Fácil – de 6h a 8h – com longo deslocamento de carro).
- Passeios por baixo dos canyons: Trilha das piscinas do Malacara (Moderado – de 2h30min a 3h); Trilha do Rio do Boi (Difícil – de 6h a 8h) e Trilha do Tigre Preto (Difícil – de 6h a 8h).
- Rapel: Rapel do Bugio – 10 metros (Fácil/Corajoso; Seco; 1h30min); Rapel da Bergamota – 30 metros (Moderado/Corajoso; Seco; 4h) e Rapel de Cachoeira – 40 metros (Moderado/Corajoso; Molhado; 3h).
- Cavalgada: Cavalgada Cruzada do Leão (Fácil; 50 minutos); Cavalgada Serra dos Tropeiros (Moderado; 1h ida e volta) e Cavalgada Vale do Molha Coco (Avançado; de 2h30min a 3h).
- Entre outras opções. Os passeios variam entre R$45 a R$125 por pessoa.
Nós optamos por fazer dois passeios pelos canyons por cima e um por baixo, todos com nível mais tranquilo de caminhada. Afinal, meu preparo físico não é lá grandes coisas, kkk. Sobre este quesito, você pode gostar de ler o post abaixo, kkk 😉
Leia também: PARQUE ESTADUAL DO IBITIPOCA: AMOR & ÓDIO (VISÃO DE UMA SEDENTÁRIA)
Vamos aos passeios? 🙂
Trilha das piscinas do Canyon Malacara
O nome Malacara vem do cavalo de mesmo nome (aquele que tem uma mancha branca na cara entre os olhos até o focinho). Dizem que você consegue enxergar o formato da cara de um malacara no canyon. Tô tentando até agora… kkk 😉 Brincadeiras à parte, o lugar é lindo e faz parte do Parque Nacional da Serra Geral.
A trilha está localizada na parte de baixo do canyon, ou seja, em sua fenda. Maravilhosa é a sensação de você olhar pros lados e para cima e estar em meio de uma natureza tão linda! Como havia falado anteriormente, pelo fato da trilha estar na fenda do canyon, esta pertence a Praia Grande em SC.
Uma grande parte da trilha é feita caminhando pelo leito do rio. Então, prepare-se para molhar os pés, pois não tem como fugir! Quando fizemos o passeio, o rio estava bem seco. Mesmo assim, há trechos por dentro d’água.
A trilha termina com um mergulho (ou não) num lindo poço de águas geladas. Mas depois de tanta caminhada, vale super a pena (testemunho de quem detesta água fria! kkk). Depois de descansar da caminhada, se refrescar nas águas cristalinas do poço do Malacara e tirar muitas fotos, foi hora de fazer o percurso de volta.
Fica esperto!
Um bom calçado (bota ou tênis) é essencial para fazer a caminhada! Descobri, durante o caminho, que o meu tênis não era legal, pois estava escorregando muito. Agora, imagina fazer este tipo de caminhada por um monte de pedras e escorregando? Nada legal. Tive que redobrar o meu cuidado para não cair. Felizmente, saí ilesa, uhu! #ficaadica
Além disso, a agência Canyons e Peraus disponibiliza um tipo de polaina para a proteção contra picada de jararaca (cobra venenosa típica da região). Porém, não vimos nenhuma durante o passeio.
Fizemos a trilha com o guia Juniior Santos (@_junioor_santos) que nos atendeu super bem e fez várias fotos super maneiras durante o trajeto!
Canyon Fortaleza
Fizemos o passeio que caminha sobre o Canyon Fortaleza, localizado no Parque Nacional da Serra Geral, mas desta vez, na região de Cambará do Sul no RS.
Fizemos o passeio com o guia Logan do Canyons e Peraus. Ele é a maior figura! 🙂 Nos divertimos e aprendemos várias coisas!
A paisagem é incrível! É um passeio em que o deslocamento é grande, pois são uns 23km de Cambará do Sul até o parque e mais uns 30km da agência até Cambará do Sul. Mas como o guia vai nos contando várias histórias da região, o tempo passa rápido!
Quando chegamos em Cambará do Sul, passamos numa padaria para um lanchinho rápido. Colocar energia para dentro para gastar na caminhada! kkk Na volta, fizemos a mesma coisa! 😉
Trilha do Mirante
Já falei que a paisagem é maravilhosa? Então, vou me repetir! Todos os passeios que fizemos foram muito legais, cada um com suas características, mas este ao Canyon Fortaleza foi o mais impressionante! Ver os paredões do canyon se abrindo numa fenda gigantesca na Trilha do Mirante não tem preço, é lindo D+!!!! Toda a caminhada é super fotogênica! Ao chegarmos no topo, o êxtase de ver um lugar tão lindo. Aproveitamos para fazer um lanche apreciando o visual magnífico!
Cachoeira do Tigre Preto
A Cachoeira do Tigre Preto é muito linda! Você passa por cima dela, cruzando o rio, que se transforma na queda d’água, para vê-la de um ângulo diferente. Foi neste trajeto que vimos uma mini jararaca (um filhote de cobra venenosa). Portanto, atenção ao caminhar pelas trilhas. 😉
Pedra do Segredo
Fomos, também, até a Pedra do Segredo, que é uma pedra bem grande que se equilibra numa base minúscula. Neste momento, vimos a chuva chegando e tratamos de voltar para o carro para dar fim ao nosso passeio. Por sorte, chegamos no carro antes da chuva!
Serra dos Índios Coroados
É um passeio rápido e muito bonito! Aproveitamos a parte da manhã para fazer esta trilha antes de voltarmos para Porto Alegre. A guia Aline Aguiar (@aline_aguiar_), sempre muito simpática e prestativa, com muitas informações sobre o lugar, e o “Alemão” (que faz as cavalgadas) nos levaram neste passeio de despedida desta região tão linda!
Primeiro, subimos o Morro dos Cabritos. Nome bem sugestivo, me senti uma cabrita subindo o íngreme morro! kkk Mas não se assuste, é uma subida curta. A vista lá de cima é linda! Dá para ver o final do Canyon do Itaimbézinho e a planície litôrânea. Pena que o mar não ficou nítido na foto.
Depois, fizemos a leve trilha que dá na Serra dos Índios Coroados. Que cenário lindo!!!
Curiosidades
- Você sabia…? A palavra “canyon” é uma palavra inglesa. A palavra portuguesa para designar um canyon é “perau”.
- Todos os passeios da rota dos canyons dependem da condição climática. A agência Canyons e Peraus monitora o tempo todo para saber qual é o melhor passeio para o seu dia em questão. Durante o nosso passeio ao Canyon Fortaleza, tivemos a oportunidade de presenciar o fenômeno da “viração”. O dia estava lindo e “do nada” mudou de repente. Nem parecia o mesmo dia. Uma neblina espessa foi chegando e mudando por completo a paisagem.
- A região dos parques tem um inseto chamado “mutuca” (parecido com uma grande mosca varejeira). O diacho da mosca é sinistra! Gruda em você e pica bastante. Pode deixar que não transmite doença, mas é super chata!
- Tivemos o prazer de tomar água corrente e fresquinha do rio pelo qual passamos, por indicação do guia. Experiência super gostosa.
E o Canyon do Itaimbézinho?
Bem, nós conhecemos o Canyon do Itaimbézinho em nossa viagem para Gramado em 2012. Se quiser saber como foi a nossa experência, é só ler o post: PASSEIOS EM GRAMADO – O QUE FAZER NO INVERNO?
Minha experiência com a Canyons e Peraus
Pelo fato de ter me hospedado no pousada Morada dos Canyons e a agência estar localizada ao lado desta, tive a oportunidade de não me preocupar com nada sobre os passeios. Pois as informações já vinham de “mão beijada” todos os dias pela manhã. kkk Como assim?
Todos os dias durante o café da manhã, um simpático guia da agência vem nos oferecer os passeios do dia. Então, no conforto do seu café da manhã, você decide qual passeio deseja fazer naquele dia. O guia informa a hora da saída e você só tem que se preocupar em estar pronto na hora marcada. Super cômodo! Além disso, utilizamos o transporte deles. Achamos que foi a melhor decisão (apesar de termos alugado em Eco Sport), pois o terreno é bem acidentado e os guias já estão acostumados a dirigir pela região. Não ter que se preocupar com isso foi um conforto.
Tivemos a oportunidade de fazer três passeios com três guias diferentes e todos nos atenderam muito bem, além dos passeios terem sido ótimos! Super recomendo os serviços deles! 🙂
E aí? O que achou da nossa dica? Já conhece a região da Rota dos Canyons? Conta pra gente nos comentários! 🙂
Os passeios ao Canyon Malacara e a Serra dos Índios Coroados foram cortesia da agência Canyons e Peraus.
Porém, as opiniões aqui expressas são pessoais e refletem as experiências positivas/negativas vivenciadas durante a viagem.
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Amanda Suelen Bertó diz
Ótimo post Ana, os lugares são lindos, paisagem com beleza exuberante! Adoramos a companhia de vocês durante os passeios, tornando-os ainda mais divertido!
entreviagens diz
Fico feliz que tenha gostado do post, Amanda!
Também gostamos muito da companhia de vocês durante os passeios!!!
Obrigada pela visita no blog! 🙂
Maravilha de experiência. Apetece repetir tudinho 🙂 Belo post.
Obrigada pelo elogio, Rui! 🙂
Que delicia de viagem. Esse lugar é muito lindo! Fiquei com vontade de conhecer. Obrigada pelas dicas!
Obrigada, você, pelo comentário! 😉
Já faz 4 anos que fiz esta incrível Rota dos Canyons e mesmo assim fiquei aqui babando no seu roteiro e morrendo de vontade de voltar.
Quando a gente lê sobre uma viagem que já fizemos, dá uma saudade, né? Também sou assim! Bjs!
Lugares lindos DEMAIS. As trilhas parecem ótimas e eu iria amar percorrê-las. As fotos ficaram excelentes também!
Parabéns pelo post!!!
Abraços
Carolina
Obrigada, Carolina! 🙂
Beijos!
Tenho muita vontade de fazer essa rota (claro que a mais basiquinha! #sedentária). Só travei quando li sobre cobras rsrs
kkk Mas como eu falei no texto, Cristina, tem proteção (polainas) quando se anda dentro do mato!
Obrigada pela participação! 🙂
Olá Ana!
Este lugar realmente é incrível, hein? Tenho alguns amigos que também fizeram um roteiro parecido e já me falaram muito sobre o quão lindo é este lugar. Pelas suas fotos, pude confirmar que tudo o que eles disseram é a mais pura verdade!
Um abraço e parabéns pelo relato. Está super detalhado!
Super obrigada pelo comentário, Flávio!
Assim, os leitores podem comprovar que esta não é apenas a minha opinião! kkk 🙂
Adoro esse tipo de passeio! Teu post està completo e com fotos lindas!!!!
Cheguei a cogitar conhecer o Canyon do Itaimbézinho quando fui à Canela, mas com o Léo tinha apenas 3 meses, deixamos para uma pròxima!
Jà favoritei esse post!
Obrigada, Juliana! 🙂
Otimo post. O que é essa vista da Cachoeira? Incrível. Me senti viajando e passando por todos esses lugares lendo seu post.
Ainda nao conheço a região mas fiquei morrendo de vontade.
Obrigado por compartilhar.
Obrigada, você Diego, pela sua participação aqui no blog! 🙂
Sou louco para conhecer!
Com esse post super completo ficou mais fácil!
Obrigado!
Que legal, Rozembergue! Obrigada, você, pela participação aqui no blog! 🙂
Ei que maravilha, não conhecia essa rota. Fiquei bem animado a ir. Excelente post!
Obrigada pelo elogio, Edson! Vai sim! Vale super a pena! 😉