Um pedacinho do Canadá: Conhecendo a neve e curtindo com adrenalina

Guest Post

Esse é o segundo post sobre os passeios que fiz durante meu intercâmbio de um mês no Canadá, país que há pouco tempo começou a facilitar a entrada de turistas brasileiros.

Clique aqui para ler o primeiro post!

Durante o tempo que fiquei em Vancouver, fiz duas viagens para fora: Whistler, que é bem pertinho, e Rocky Mountains (montanhas rochosas), que fica em Alberta, província vizinha. Ambas eu fechei com uma agência de turismo que tem como público-alvo os jovens, porque seria mais fácil por eu estar sozinha.

Rocky Mountains e a neve

Dia 1

Decidi ir para Rocky Mountains na minha primeira semana, porque sexta-feira seria feriado e eu conseguiria fazer a viagem sem faltar duas aulas (sexta e segunda). Por isso, tive que correr e fechar logo no início da semana, quando eu ainda não conhecia quase ninguém. Mas isso nem chegou a ser um problema, já que me enturmei com um grupo que estava no mesmo ônibus.

A viagem até Banff, em Alberta, é longa, cerca de 9 horas, e por isso paramos no caminho para conhecer outras cidades e pontos turísticos. Além disso, o guia turístico (que era super experiente e muito bom) ia entretendo a gente com brincadeiras, informações e uma playlist que combinava perfeitamente com a viagem – não sei o porquê, mas combinava.

Hope, British Columbia

A primeira parada foi Hope, ainda na província de British Columbia, cidadezinha onde foi filmado o filme Rambo. Fizemos um lanche, esticamos as pernas e tiramos algumas fotos para voltar para o nosso caminho. A maior parte do primeiro dia acabaria sendo ali, dentro do ônibus.

Golden, British Columbia

A parada para dormir foi em Golden, BC, cidade que fica quase na fronteira com Alberta. Foi o primeiro lugar que eu vi neve, porém, no chão, era apenas gelo grudado e escorregadio, porque estava chovendo. Quase como um fim de inverno mesmo. O mais estranho é que o guia (que estava na 349ª viagem dele para Rockies) disse que era a primeira vez que ele via chover no local naquela época do ano. Às vezes, a falta de sorte me persegue. A programação era fazer uma espécie de camping, acendendo uma fogueira, bebendo e conversando, mas com o tempo daquele jeito não deu. O que fizemos foi ficar conversando enquanto algumas pessoas do grupo ia na piscina aquecida com tobogã se divertir.

Dia 2

Banff National Park

No dia seguinte, saímos finalmente da província de BC e chegamos à Alberta, já nas montanhas rochosas – Banff National Park -, e com muita neve! A primeira parada foi no Lake Louise que estava completamente congelado. Nesse período é permitido fazer patinação no lago, jogar hockey e essas coisas. Além disso, tinham estátuas de gelo por toda a extensão do lago e em seu entorno. Até tentei a patinação, mas não é o meu forte então logo desisti. Me diverti “brincando” na neve e observando a paisagem. Peguei -5 ºC lá, estava nevando e foi uma experiência sem igual.

Vale ressaltar que essa é uma viagem que pode se fazer tanto no inverno quanto no verão, e as experiências serão bem diferentes. Pelas fotos, parece que você vai conhecer lugares diferentes. No verão, o Lake Louise é incrivelmente azul, ao lado das árvores verdes.

Johnston Canyon

Nosso próximo ponto foi o Johnston Canyon, onde fizemos uma “trilha” até chegar à cachoeira parcialmente congelada. É um lugar excepcionalmente lindo, principalmente porque estava sol e algumas partes do rio abaixo da gente estavam aparecendo entre os enormes bolos de neve. O problema do sol é que ele estava derretendo a neve que, quando pisada, se transformava aos poucos naquele gelo escorregadio. Algumas pessoas podem ter dificuldade de chegar até o final, apesar de ser uma trilha bem tranquila.

Depois, partimos para a Banff Gondola. Lá, você sobe de teleférico até o topo de uma das montanhas e tem uma vista incrível. Com o vento, foi o lugar que mais senti frio, mesmo estando sol. Mas valeu muito a pena. Para quem é apaixonado por vistas, natureza e tudo mais, a Gondola é um ótimo ponto para visitar.

Finalmente, chegamos ao hotel, na cidadezinha de Banff. Não tenho noção dos preços porque paguei em um único pacote, mas ficamos no Banff Aspen Lodge, que era muito bom. Pelo que eles falaram, o hotel faz um preço melhor para grandes excursões também. A cidade é pequena, calma, rodeada por montanhas e tem um charme todo especial!

Dia 3

Two Jack Lake e Lake Minnewanka

No terceiro dia, visitamos mais lagos congelados, cada um com seu visual diferenciado. Os dois primeiros foram o Two Jack Lake e Lake Minnewanka, que foi o que eu mais gostei. Depois, as pessoas que queriam foram na Hot Springs (piscina de águas vulcânicas, em Banff), mas eu optei por rodar um pouco na cidade e comprar lembrancinhas. É um ótimo lugar para souvenirs porque tem muita coisa “engraçadinha” com ursos – que são muito comuns naquela região.

Aliás, um dos lados bons de viajar para Rockies no inverno é que os ursos estão hibernando e você não corre risco de esbarrar com um em uma das florestas próximas aos lagos e à cidade. Principalmente porque na última noite ficamos em cabanas (são tipo chalés) dentro da floresta, para termos uma experiência de camping bem canadense.

Emerald Lake

Mas antes disso, mais um lago congelado. O Emerald Lake, além de ser lindo, é ótimo para fazer guerra de bolas de neve, porque a neve fica bastante acumulada – daquele tipo de você pisar e afundar até metade da perna. Para quem nunca tinha visto neve, como eu, são experiências sensacionais.

Você sabe o que são “s’mores”?

Quando chegamos aos nossos chalés, nos arrumamos para o camping day. Fizemos uma fogueira, colocamos música, bebemos chocolate quente – e depois aquela cerveja que ficou gelando na neve – e fizemos s’mores. Bom, s’mores são tradicionais em acampamentos lá. É basicamente colocar o marshmallow na fogueira, com um galho de árvore cortado de forma a ficar afiado, e depois juntar em um biscoito de água e sal com um pedaço de chocolate – que derrete com a quentura do marshmallow. Nessa noite, o guia contou algumas histórias que ele já passou em viagens, incluindo encontrar alguns ursos por aí. E não se enganem, os ursos não são fofos quando não tem ideia se você está ali inocentemente ou para fazer algum mal a ele – mas nenhuma das histórias era trágica.

Enfim, este foi o fim da viagem, já que no dia seguinte saímos perto da hora do almoço para voltar para Vancouver, passando o tempo quase todo no ônibus.

Não sei até que ponto vale a pena fazer esta viagem de carro, porque não tive essa noção. Mas é muito válida, mesmo que longa, e deve fazer parte da sua programação, adaptando-a como for melhor para você.

Whistler com muita adrenalina

Whistler é uma cidade pequena que fica a cerca de 2 horas de Vancouver e tem diversas atrações. Tem neve durante mais tempo do que outras montanhas que se localizam mais perto de Van, como Cypress e Grouse, e por isso é muito procurada para fazer o ski e o snowboarding.

Além dessas atividades, a vila de Whistler tem outras atividades, como Snow Tubing, no Coca-Cola Tube Park, que é como um tobogã com boias, mas descendo na neve; Peak to Peak, que é um teleférico que leva até a gôndola, onde é possível ver a vista e ter contato com a neve mais espessa; e outras coisas que variam de acordo com a época do ano, como tirolesa e patinação no gelo.

Bungee jump

Mas meu objetivo em Whistler, além de conhecer a cidade, era algo com muito mais adrenalina: bungee jump. Fechei com a agência o passeio de apenas um dia, indo de manhã e voltando à noite, por isso não tive tempo de fazer outras atividades locais. O motivo de eu querer fazer bungee lá é que você não fica pendurado de cabeça para baixo, e sim pela cintura. Além, é claro, do visual.

Deu tempo de conhecer a parte central da vila, que é uma graça, durante a manhã. Deixei para almoçar depois de pular, por medo de acabar passando mal.

O Whistler Bungee fica a uns 20 minutos do centro, e você vai na van da empresa com um grupo de pessoas que também vai pular – e tem que esperá-los antes de voltar. A ponte, de onde você pula, fica 50 metros acima do rio. Apesar do medo inicial, a experiência é sem igual! É a sensação mais assustadoramente boa que eu já tive. Ah, e você pode levar câmera e pedir pra alguém tirar sua foto na hora. Mas, se preferir, também é possível comprar as fotos – achei meio caro, apesar de não lembrar agora o valor.

Amsterdam Cafe Pub

Depois de toda a adrenalina, voltando para a vila, ainda tinha um tempo para aproveitar. Resolvi ir comer no Amsterdam Cafe Pub, que tem uma decoração totalmente diferente. Eu estava no Canadá há bastante tempo, mas ainda não tinha provado um dos pratos típicos de lá, o poutine, e achei que era o momento. Inicialmente, quando falavam desse prato (batata frita, queijo e um molho), eu tinha um pouco de nojo, porque o molho parece gordura pura. Mas, nossa, é muito bom! Me senti um pouco canadense nesse dia.

Infelizmente minha visita foi curta, mas quem quiser ir, com certeza é um passeio que vale a pena fazer alugando um carro em Vancouver e dividindo os custos com os amigos.

Além de todas essas atividades, existe muito restaurante e pub na região, além de um bar congelado. A cidade é muito bonita e atende todos os públicos. Se tiver a oportunidade, só vai.

Gostaram dos lugares e das dicas? Espero que sim! Se tiverem alguma dúvida ou quiserem saber outras curiosidades, podem perguntar nos comentários. Até a próxima!

---

Autora Convidada

Clara Barreto – jornalista por formação, amante de fotografia, cinema e cultura. Conhecer o mundo é mais que paixão, é objetivo de vida.

 

---

 

Gostou das dicas sobre o Canadá e quer pesquisar as tarifas para sua próxima viagem? Aproveite a comodidade do nosso parceiro Booking.com. Se você pesquisar e comprar através de nosso link, você ajuda o entreviagens a ganhar uma pequena comissão. Você não paga nada a mais por isso! 😉

Booking.com

Se desejar alugar um carro para a sua viagem, consulte o Rentcars.com! É nosso parceiro também! 🙂