Guest Post
Você sabia que desde 1º de maio deste ano viajar para o Canadá ficou mais fácil para brasileiros? Pois é, brasileiros que possuam visto de turista americano ou já tiraram visto pro Canadá que não está mais válido poderão entrar no país apenas com uma autorização eletrônica. O objetivo é investir em um maior número de turistas brasileiros, já que essas pessoas não precisarão gastar mais de R$ 600,00 no visto para apenas visitar o Canadá.
E é por isso que meu próximo post vai falar desse país tão cheio de lugares maravilhosos e culturas misturadas.
Um pouco sobre o país
O Canadá possui duas línguas oficiais, o inglês e o francês, mas depende muito da região que você vai conhecer. Além disso, é regido por uma monarquia parlamentarista, tendo a rainha Elizabeth II (rainha do Reino Unido) como chefe de Estado, e sendo governado por um primeiro-ministro, atualmente Justin Trudeau, que já apareceu positivamente na mídia diversas vezes por suas atitudes.
É um dos países mais desenvolvidos do mundo, e algumas cidades aparecem nas listas de melhores para habitar há alguns anos. Apesar de ter presente todas as culturas dos colonizadores e imigrantes, a dos povos aborígenes locais também é muito forte. É o segundo maior país em extensão de terra, superado apenas pela Rússia, mas talvez os brasileiros ainda não explorem tanto para turismo devido ao temido frio (apenas um palpite, já que a maior parte dos brasileiros que conheci por lá estavam ou por intercâmbio ou tentando imigrar, pela qualidade de vida local).
Vancouver – Canadá
No início de 2015, passei um mês no Canadá, fazendo intercâmbio. Fiquei em Vancouver, cidade mais amena no inverno (principalmente naquele ano), morando em homestay na casa de uma família canadense super fofa, e fiz curso de inglês para estrangeiros. Meu curso ia até metade da tarde, e o restante do dia, fins de semana e feriado aproveitei pra conhecer vários pedacinhos dessa cidade pela qual me apaixonei.
Fiquei maravilhada com a cidade, os canadenses, as misturas e tudo mais. Nesse post, vou me dedicar aos passeios que fiz e a curiosidades do local, mas se quiserem saber um pouco mais sobre intercâmbio, homestay e outras questões, posso falar em outro texto, combinado?
Vancouver, além de ter temperatura mais amena, é uma cidade que recebe imigrantes de muitas partes do mundo, mas principalmente da Ásia, e por isso é super aberta a diferentes culturas e paciente com pessoas cujo inglês não é fluente. É um lugar que tem mar e montanhas dividindo espaço com o centro urbano e, na minha opnião, é o que faz ser um lugar tão bonito.
O que fazer em Vancouver?
Vale a pena ir até lá para conhecer várias cidades ou apenas para ficar em Vancouver. A diversidade de opções chega a deixar dúvidas. Mesmo em um mês, não consegui conhecer todos os pontos locais, também devido ao fato de que optei por conhecer lugares mais frios para ver a neve pela primeira vez, além do tempo dedicado ao curso.
Vancouver se localiza na província de British Columbia (BC), e é a maior área metropolitana a oeste do Canadá. Mas, muitas vezes, as pessoas chamam de Vancouver a localidade em si, englobando outras cidades ao redor que têm fácil acesso pois estão inclusas nas zonas de transporte, como North Vancouver, Burnaby e Richmond. Os pontos que vou falar estão espalhados por todas essas áreas.
Queen Elizabeth Park
O primeiro lugar que conheci quando cheguei em Vancouver foi o Queen Elizabeth Park. Era relativamente perto da minha casa e, como seria a primeira vez que eu me arriscaria pelas ruas da cidade que eu não fazia ideia de como funcionava, achei que seria uma boa ideia. É um parque bem grande e muito bonito, mas deve ser muito melhor no verão e primavera, porque você pode fazer até um piquenique e ver a variedade de flores. Eu fui no inverno e, como sempre, nesse dia choveu. Vancouver é conhecido como Raincouver (rain = chuva), e não é à toa.
Mas valeu a pena. Ele tem uma vista linda de Downtown e das montanhas; tem uma “floresta tropical” em uma parte que é como uma estufa; tem a fonte principal; uma parte que é possível celebrar casamentos; restaurante; e até campos e quadras (basquete, tênis, hockey de patins).
Praias
As praias também são lugares extremamente agradáveis, apesar de serem um pouco mais frias no inverno. Tem troncos na areia para sentar, observar o mar ou apenas conversar. Muitas pessoas gostam de fazer piqueniques nas praias e parques – mas muito mais no verão. Apenas um detalhe: é proibido consumir bebidas alcoólicas nas ruas, parques e praias.
A praia, que também tem um parque, que ficava no meu caminho diariamente era Kitsilano, e às vezes gostava de descer do ônibus e ficar um pouco por lá, ou ir com os amigos conversar.
Em Downtown, tem a English Bay Beach, também muito frequentada. Ela dá para uma praça com estátuas enormes e fica ao lado do Stanley Park, que não cheguei a visitar por me enrolar com meus planos, mas é um ponto muito procurado por turistas e moradores. No verão, a região é a mais frequentada, principalmente por ser uma estação do ano em que escurece bem tarde (lá pelas 21h).
Downtown
Downtown em si acaba sendo uma região que não pode ficar de fora dessa lista. É onde estão as ruas mais movimentadas e os restaurantes mais frequentados. Tem áreas de compras, como a Robson Street; regiões específicas, como Chinatown; locais com bares e boates; além de ser o centro de tudo: escolas, empresas, lojas, shoppings, etc. O transporte funciona muito bem e, por isso, mesmo ficando distante de outras partes da cidade e das cidades ao redor, é muito tranquilo de chegar – só demora um pouquinho mais.
Quem vai apenas visitar Vancouver, é possível ficar em um dos hotéis de Downtown e, assim, ficar perto da maioria dos pontos badalados da cidade, além de parques, praias e outros cantos tranquilos.
Outros pontos na região central são legais para visitar, como o Canada Place, que tem uma arquitetura como a de um navio e você tem a vista de outro lado da cidade (porém não encontrei o que as pessoas veem de “demais” nesse lugar); Harbour Centre, que tem uma visão panorâmica da cidade, e possui um restaurante lá em cima; BC Stadium e Rogers Arena, onde acontecem jogos, como os de hockey – que são um espetáculo à parte; o Science World, na Main Street, que também não consegui me organizar para visitar, mas só a arquitetura já é linda; a Artgallery e a Public Library de Vancouver; igrejas; entre muitas -muitas!- outras coisas.
Só um detalhe a mais: as pessoas costumam achar que não tem moradores de rua em países como o Canadá, mas tem. Principalmente em Vancouver, onde faz menos frio. Muitos desses moradores são viciados em drogas. Então, sim, isso existe lá, como em qualquer parte do mundo. Outras cidades do país talvez seja mais difícil de ver essa realidade, principalmente regiões extremamente frias. Porém, não conheci históricos de assaltos. E vi, inclusive, um morador de rua dando informação para um turista – estranho, porém real.
Gastown e Chinatown
Gastown e Chinatown são localidades que também ficam em Downtown, próximas uma à outra. Gastown tem uma arquitetura diferenciada por ser uma das regiões mais antigas de Vancouver. Seus prédios são do século passado, mas todos foram restaurados na década de 70. É um ótimo lugar para ir em restaurantes, pubs e comprar souvenirs. O seu destaque principal é o relógio a vapor, também restaurado nos anos 70, que fica em uma das principais ruas e completa o charme local.
No mesmo dia você pode conhecer as ruas de Chinatown. A arquitetura é toda chinesa e tem vários lugares típicos. Uma dica é visitar o Dr. Sun Yat-Sen Classical Chinese Garden, um jardim clássico chinês. Ele possui uma parte gratuita, mas outra parte mais bem cuidada tem uma taxa de entrada, infelizmente.
Lynn Canyon Park
O Lynn Canyon é como se fosse a versão gratuita e bem (muito!) menor do Capilano Suspension Bridge Park. Como eu estava procurando passeios que não gastassem tanto, já que uma parte do meu dinheiro foi dedicado a viagens para outras cidades que tinham neve, decidi não ir em Capilano, que é um parque com pontes suspensas a cerca de 70 metros do Rio Capilano.
O Lynn Canyon Park portanto foi meio que a minha substituição para esse caso. Nele, também é possível passar por uma ponte suspensa, mas não tão alta. Tem trilhas e um rio muito bonito. É um parque no meio da floresta, em North Vancouver, e vale a pena conhecer.
Deep Cove
Deep Cove é um lugarejo de praia e montanhas em North Vancouver ideal para passar o dia, principalmente porque não tem hotéis e pousadas. É um lugar calmo com muitas opções. Você pode fazer a trilha principal, chegando a uma vista espetacular; relaxar e comer bem nos restaurantes e cafés; passear um pouco na praia, que é tão calma quanto um lago, e andar de caiaque (apesar de o preço ser um pouco mais salgado); e levar as crianças para brincar no parquinho.
É uma região que não tem muito trânsito. Tem apenas uma avenida, e as pessoas que moram lá tem casas enormes próximas à natureza. É muito procurada pelos turistas.
O Honey Doughnuts & Goodies é um restaurante que serve brunchs muito procurada no local. A fila alcança a rua e muitas pessoas vão até lá para provar os donuts deles. Não sei se eu fui esperando demais, mas não achei que valeu tanto a pena. Os donuts de lá – pelo menos que eu comi – são um pouco gordurosos, e preferi continuar comprando no Tim Hortons.
Tim Hortons
Sim, vou falar desse fast food porque simplesmente amo as coisas de lá. Tim Hortons é uma rede canadense que compete ao mesmo tempo com o Starbucks e com o McDonalds. É um restaurante muito conhecido por seu café e seus donuts deliciosos, mas, ao mesmo tempo, serve sanduíches e tem uma diversidade de opções.
Fiquei apaixonada pelos donuts de lá, e também pelo chocolate – até porque não bebo café. Algumas vezes também almoçava por lá, comendo o sanduíche de frango – mas nunca peçam pra fazer de forma picante se não aguentarem pimenta de verdade!
Foto 15: Donuts do Tim Hortons / Foto: Clara Barreto.
Uma curiosidade é que no Canadá os almoços não são como os nossos. O normal é comer um sanduíche ou fazer um lanche rápido, principalmente porque na hora do almoço as crianças ainda estão na escola (as aulas não começam tão cedo quanto aqui, e vão até metade da tarde), e os pais no trabalho; a comida de verdade costuma ficar pro jantar, quando as famílias conseguem se reunir em casa.
Informações Úteis
Clima
Por fim, vou falar algumas coisas que talvez valham para vocês. Eu fui quase no final do inverno, então as temperaturas já estavam bem mais amenas; mas também me disseram que era algo daqueles últimos anos, que estavam ficando cada vez mais quentes, e por isso dezembro era o único mês que nevava um pouco. Peguei entre 2 e 13 °C. Mas este ano as temperaturas estavam mais baixas, e nevou em outros meses também, então tudo pode variar.
Nesse período, amanhecia umas 8h e escurecia por volta das 17h. Isso acabou atrapalhando meu ânimo para vários passeios, já que saía do curso entre 14h e 15h. Como citei anteriormente, no verão o dia é bem longo, e só escurece às 21h. Minha próxima vez lá com certeza vai ser no verão ou próximo a ele.
Transporte
Na época que eu fui, era bem tranquilo usar o transporte, porque comprei o passe mensal. Era um cartão que paguei um preço fixo, para a zona específica em que eu morava -incluindo downtown- e servia para todos os transportes naquela localidade. Era só entrar no ônibus e mostrar para o motorista. No metrô, não existe catraca nem roleta, assim como na barca para North Vancouver, mas se você não pagar ou não estiver com seu passe mensal e algum fiscal passar você terá que pagar multa. Então não burlem as regras!
Vi algumas coisas dizendo que esses passes iam mudar, mas não sei ao certo. Por isso é bom se informar também.
É muito difícil resumir várias coisas de um mês em um post; tentei e espero que não tenha ficado muito longo. O que acharam? Comentem aí embaixo! O próximo post vai falar sobre meus passeios fora de Vancouver, na neve! Até mais!
Autora Convidada
Clara Barreto – jornalista por formação, amante de fotografia, cinema e cultura. Conhecer o mundo é mais que paixão, é objetivo de vida.
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Michela Borges Nunes diz
Ai, deve ser incrível. Eu sonho ir para o Canadá, mas ainda não rolou. Não desisto não. Um dia vou e este post já me foi e será muito útil. Beijos.
Clara Barreto diz
Que bom que foi útil, Michela! Não deixe de conhecer o país, vale muito a pena! 🙂
Keul Fortes diz
Estou encantada com suas fotos. O Canadá é realmente lindo né?! Um destino que já está na minha listinha! hahaha.. Adorei suas dicas! Quando for a Vancouver já sei onde encontrar uma ajuda no roteiro. =)
Clara Barreto diz
Que bom que gostou! Amo tirar fotos, no Canadá não tem nem como as fotos não ficarem bonitas hahah
O Canadá é um dos nossos destinos sonhados e já temos ótimas dicas depois desse post. A vontade de conhecer esse país só aumentou.
Não deixem de conhecer! Qualquer questão estou aqui para ajudar 😉
Um mês inteirinho no Canadá é um sonho. Fiquei apaixonada pela região de Gastown.
As fotos estão maravilhosas.
Abraço
Que bom que gostou, Ruthia! 🙂
Adorei o roteiro e as fotos, super bem detalhado e cheio de dicas importantíssimas. O Canadá é um destino incrível, vou guardar este guia como referência!
Que bom, Fábio! 🙂
Quando eu for pro Canadá, quero muito conhecer Vancouver, porque adoro natureza e é fantástico né? Mas eu iria no verão!
Uma dúvida: você usa algum plugin para os posts relacionados do seu blog?
Oi, Adriana! Eu uso o plugin “Contextual Related Posts”. 🙂
Já conheço o Leste canadense, mas não vejo a hora de conhecer o Oeste, e principalmente Vancouver. Suas dicas são incríveis, adorei o relato, parabéns!
E eu sou louca para conhecer o Oeste canadense! haha Fico feliz pelo feedback, obrigada! 🙂
Oi Ana Paula! Estive em quatro cidades do Canadá no ano passado e amei!!!! Não deu para conhecer Vancouver, mas lendo este post da Clara, tenho certeza de que será fabuloso quando eu for para lá.
Parabéns pelo post!
Abraços,
Carolina
Oi, Carolina! Obrigada mais uma vez pela sua participação! Também fiquei inspirada pelo post da Clara!
Bjs!
Que cidade mais linda! Canadá realmente é encantador! Quero muito conhecer! Espero que seja breve! Beijos!
Não deixe de conhecer mesmo! 🙂
O Canadá parece ser um país incrível, e Vancouver é um charme de cidade. Não sei se teria coragem de andar naquela ponte, rs, mas adorei as dicas do que fazer na cidade!
hahah a ponte é super tranquila! O que daria mais medo acredito que seja o Capilano Bridge. Mas tem muitas opções para conhecer também, vale muito a pena! 🙂
Adorei as dicas!
Irei anotar todas!
Eu e meu namorado estaremos viajando agora no final de novembro e faremos parecido com você. Faremos curso na metade do dia e no restante aproveitar o local. Também iremos ficar em homestay.
Obrigada!!
Que bom que você gostou das dicas da Clara, Vivian!
Que vocês possam aproveitar tudo e mais um pouco por lá!
Depois conta pra gente como foi! 😉
Que incrível! Eu vou pro Canadá ano que vem, porém no outono gostaria de saber um pouco de como fica a cidade e quais os lugares perto que tem neve, ficarei um mês tbm!!